Antes da constituição de 1988, a segurança pública era de responsabilidade somente do Estado, quando então uma novidade surgiu:
O que, convenhamos, faz todo sentido, afinal, se nós não queremos viver em caos, creio que seja mesmo responsabilidade minha e tua não sair gerando caos por aí. Isso seria o mínimo. Mas e se não fizéssemos apenas o mínimo?
Eu não consigo acreditar que a nossa sociedade atual seja violenta apenas porque existem indivíduos violentos. Sempre achei que o mau elemento existe da mesma forma em qualquer posição no espaço-tempo. O que eu venho percebendo é que aqueles que não os são, costumam não fazer nada além de não os ser. Seguem sua vida passivamente fazendo sempre o mínimo. A ideia de que o próprio cidadão não simplesmente não saía fazendo crimes mas também possa agir mais ativamente em sua própria defesa colaborando contra o crime não é nova, porém, pouco praticada. Menos ainda quando se é tratado de cidades grandes.
As cidades grandes, apesar de populosas, são um mar de isolamento e é fato que geralmente a gente só se importa, ou se importa mais, com quem a gente conhece. Vigilância comunitária entre vizinhos funciona. Quem mora em lugares onde há mais contatos com vizinhos sabe que, se alguma violência ocorre em lugar próximo, os vizinhos costumam se reunir e fazer algo sobre isso. Na rua dos meus pais, os vizinhos chamam a polícia se virem alguém estranho pulando teu muro. A maioria das chamadas de emergência no Rio de Janeiro são solicitadas por vizinhos ou conhecidos da vítima. Na França, onde há um problema de antissocialidade grande, durante uma onda de calor em 2003 houveram mais de 11.000 mortos, principalmente idosos, muitos esquecidos em casa que faleceram porque ninguém notou algo estranho. O governo, então, foi obrigado a criar um feriado chamado fête des voisins (festa dos vizinhos) com a intenção que as pessoas se conheçam melhor para diminuir o número de descaso dentro da própria sociedade.
Então, voltando para cá, e você aí trancafiado no seu apartamento? A grande verdade é que, para uma quantidade rídicula de pessoas, ninguém se importa! Quantas pessoas das redondezas você realmente mantém contato? Muitos vão responder 0. Fofocas à parte, a questão é que a gente devia tomar conta da vida dos outros SIM. Nós reclamamos da violência mas nos acostumamos com ela. Todo dia as pessoas são assaltadas, se matam na rua, mulheres grávidas não são respeitadas, tenta-se subornar um fiscal, não se presta socorro em acidentes, pessoas morrem por um celular eisso passa batido. A mídia nos injeta más notícias a cada segundo como se fossem as coisas mais naturais do mundo. Nós assim aceitamos como se não houvesse nada que pudéssemos fazer e no dia seguinte todos voltam a prestar atenção no BBB.
Eu creio que nós possamos fazer algo. Ok, imagino que bater na porta do seu vizinho agora com uma torta de maçã falando "oi" é algo muito fora da zona de conforto. Mas então qual a forma que nós mantemos contato com mais facilidade com outros seres humanos hoje em dia? A-ha! Internet! Mais especificamente, redes sociais, por que não? O twitter, principalmente, ao meu ver, poderia ser muito bem utilizado com esse propósito embora eu não consiga definir claramente exatamente como... O que vocês acham?
Art. 144 – "A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida pela preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos..." (BRASIL, 2002:68)
O que, convenhamos, faz todo sentido, afinal, se nós não queremos viver em caos, creio que seja mesmo responsabilidade minha e tua não sair gerando caos por aí. Isso seria o mínimo. Mas e se não fizéssemos apenas o mínimo?
Eu não consigo acreditar que a nossa sociedade atual seja violenta apenas porque existem indivíduos violentos. Sempre achei que o mau elemento existe da mesma forma em qualquer posição no espaço-tempo. O que eu venho percebendo é que aqueles que não os são, costumam não fazer nada além de não os ser. Seguem sua vida passivamente fazendo sempre o mínimo. A ideia de que o próprio cidadão não simplesmente não saía fazendo crimes mas também possa agir mais ativamente em sua própria defesa colaborando contra o crime não é nova, porém, pouco praticada. Menos ainda quando se é tratado de cidades grandes.
As cidades grandes, apesar de populosas, são um mar de isolamento e é fato que geralmente a gente só se importa, ou se importa mais, com quem a gente conhece. Vigilância comunitária entre vizinhos funciona. Quem mora em lugares onde há mais contatos com vizinhos sabe que, se alguma violência ocorre em lugar próximo, os vizinhos costumam se reunir e fazer algo sobre isso. Na rua dos meus pais, os vizinhos chamam a polícia se virem alguém estranho pulando teu muro. A maioria das chamadas de emergência no Rio de Janeiro são solicitadas por vizinhos ou conhecidos da vítima. Na França, onde há um problema de antissocialidade grande, durante uma onda de calor em 2003 houveram mais de 11.000 mortos, principalmente idosos, muitos esquecidos em casa que faleceram porque ninguém notou algo estranho. O governo, então, foi obrigado a criar um feriado chamado fête des voisins (festa dos vizinhos) com a intenção que as pessoas se conheçam melhor para diminuir o número de descaso dentro da própria sociedade.
Então, voltando para cá, e você aí trancafiado no seu apartamento? A grande verdade é que, para uma quantidade rídicula de pessoas, ninguém se importa! Quantas pessoas das redondezas você realmente mantém contato? Muitos vão responder 0. Fofocas à parte, a questão é que a gente devia tomar conta da vida dos outros SIM. Nós reclamamos da violência mas nos acostumamos com ela. Todo dia as pessoas são assaltadas, se matam na rua, mulheres grávidas não são respeitadas, tenta-se subornar um fiscal, não se presta socorro em acidentes, pessoas morrem por um celular eisso passa batido. A mídia nos injeta más notícias a cada segundo como se fossem as coisas mais naturais do mundo. Nós assim aceitamos como se não houvesse nada que pudéssemos fazer e no dia seguinte todos voltam a prestar atenção no BBB.
Eu creio que nós possamos fazer algo. Ok, imagino que bater na porta do seu vizinho agora com uma torta de maçã falando "oi" é algo muito fora da zona de conforto. Mas então qual a forma que nós mantemos contato com mais facilidade com outros seres humanos hoje em dia? A-ha! Internet! Mais especificamente, redes sociais, por que não? O twitter, principalmente, ao meu ver, poderia ser muito bem utilizado com esse propósito embora eu não consiga definir claramente exatamente como... O que vocês acham?