Twitter como ferramenta de segurança pública?

1 de out. de 2012
Antes da constituição de 1988, a segurança pública era de responsabilidade somente do Estado, quando então uma novidade surgiu:

Art. 144 – "A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida pela preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos..." (BRASIL, 2002:68)

O que, convenhamos, faz todo sentido, afinal, se nós não queremos viver em caos, creio que seja mesmo responsabilidade minha e tua não sair gerando caos por aí. Isso seria o mínimo. Mas e se não fizéssemos apenas o mínimo?

Eu não consigo acreditar que a nossa sociedade atual seja violenta apenas porque existem indivíduos violentos. Sempre achei que o mau elemento existe da mesma forma em qualquer posição no espaço-tempo. O que eu venho percebendo é que aqueles que não os são, costumam não fazer nada além de não os ser. Seguem sua vida passivamente fazendo sempre o mínimo. A ideia de que o próprio cidadão não simplesmente não saía fazendo crimes mas também possa agir mais ativamente em sua própria defesa colaborando contra o crime não é nova, porém, pouco praticada. Menos ainda quando se é tratado de cidades grandes.

As cidades grandes, apesar de populosas, são um mar de isolamento e é fato que geralmente a gente só se importa, ou se importa mais, com quem a gente conhece. Vigilância comunitária entre vizinhos funciona. Quem mora em lugares onde há mais contatos com vizinhos sabe que, se alguma violência ocorre em lugar próximo, os vizinhos costumam se reunir e fazer algo sobre isso. Na rua dos meus pais, os vizinhos chamam a polícia se virem alguém estranho pulando teu muro. A maioria das chamadas de emergência no Rio de Janeiro são solicitadas por vizinhos ou conhecidos da vítima. Na França, onde há um problema de antissocialidade grande, durante uma onda de calor em 2003 houveram mais de 11.000 mortos, principalmente idosos, muitos esquecidos em casa que faleceram porque ninguém notou algo estranho. O governo, então, foi obrigado a criar um feriado chamado fête des voisins (festa dos vizinhos) com a intenção que as pessoas se conheçam melhor para diminuir o número de descaso dentro da própria sociedade.

Então, voltando para cá, e você aí trancafiado no seu apartamento? A grande verdade é que, para uma quantidade rídicula de pessoas, ninguém se importa! Quantas pessoas das redondezas você realmente mantém contato? Muitos vão responder 0. Fofocas à parte, a questão é que a gente devia tomar conta da vida dos outros SIM.  Nós reclamamos da violência mas nos acostumamos com ela. Todo dia as pessoas são assaltadas, se matam na rua, mulheres grávidas não são respeitadas, tenta-se subornar um fiscal, não se presta socorro em acidentes, pessoas morrem por um celular eisso passa batido. A mídia nos injeta más notícias a cada segundo como se fossem as coisas mais naturais do mundo. Nós assim aceitamos como se não houvesse nada que pudéssemos fazer e no dia seguinte todos voltam a prestar atenção no BBB.

Eu creio que nós possamos fazer algo. Ok, imagino que bater na porta do seu vizinho agora com uma torta de maçã falando "oi" é algo muito fora da zona de conforto. Mas então qual a forma que nós mantemos contato com mais facilidade com outros seres humanos hoje em dia? A-ha! Internet! Mais especificamente, redes sociais, por que não? O twitter, principalmente, ao meu ver, poderia ser muito bem utilizado com esse propósito embora eu não consiga definir claramente exatamente como... O que vocês acham?

Sou egoísta mas você não é descartável

18 de set. de 2012
Não vou entrar em detalhes agora sobre a diferença de egoísmo e egocentrismo até porque estou com preguiça de pesquisar sobre isso. Para todos os fins, quando digo egoísta falo de pessoas que pensam demais em si e não se importam muito com outras pessoas. Presumo ter acertado.

Eu sou assim egoísta naturalmente. É...

Tenho uma enorme dificuldade de lembrar de coisas que não são importantes pra mim mas são muito importantes pros outros. Nem faço de sacanagem. Eu me preocupo e tudo, sinto mal quando piso na bola com alguém. Me policio mas ainda assim acontece bastante. Chega ao ponto deu ter que adicionar uma tarefa no google tasks dizendo "ligar pra mamãe" ou "perguntar não sei o quê pro fulano" pra me forçar a não esquecer. E mesmo assim ainda esqueço.

Não é que eu não ajude ou não ligue pras outras pessoas. Eu já doei mais de 1000 reais pra vítimas de terremoto e outros tantos brinquedos e mantimentos pra orfanatos e tal, já dei presente de mais de 700 reais pro meu pai, já me despenquei 1500km pra conhecer uma pessoa, já fiquei sem dormir direito por dias pra aproveitar um tempinho e dar um abraço em outra, já parei tudo o que eu estava fazendo pra tomar conta de um namorado que fez uma cirurgia. Mas passo longe de altruísta. Pede só um pedaço da minha cheesecake ou do meu brownie! Pede pra eu "consertar sua internet". Me conte algo pelo qual eu não tenha o menor interesse e veja se eu vou conseguir prestar atenção (mesmo que eu tente). No fundo, no fundo, quando faço algo por alguém é porque isso também me traz algum benefício, nem que seja me sentir bem. Quem convive com pessoas atenciosas e verdadeiramente altruístas sabe como isso é um defeito e dos grandes.

Apesar disso, às vezes eu gostaria que as pessoas fossem mais tolerantes com os meus defeitos; que fizessem alguma distinção entre fazer de sacanagem e falta de semancol; que tentassem me entender e tivessem a paciência de me lembrar as coisas, me dar um toque etc, ao invés de simplesmente se emputecer na primeira oportunidade que eu tenho de cometer um erro aos olhos dos outros.

Mas se há uma coisa que eu felizmente não tenho é essa falta de tolerância com a individualidade de cada um. Eu posso até manter a minha posição de não gostar de determinadas atitudes, mas no geral, eu tolero as coisas. Todo mundo tem defeitos e dos grandes. Todo mundo. Se eu não amasse as pessoas com eles, eu não amaria ninguém. Até porque várias coisas me irritam.

Claro que algumas pessoas exageram e são mais complicadas de lidar, tipo eu e minha mãe, enquanto outras pessoas não requerem tanta paciência. Mas todo mundo em algum momento vai causar esse tipo de demanda. De um jeito ou de outro, acho muito mais proveitoso explicar pra pessoa e tentar trabalhar junto com ela pra resolver ou apaziguar a questão do que se afastar. Talvez não seja fácil, mas ainda assim mais proveitoso. Hoje em dia, se o seu celular quebra, você compra outro. Pessoas não são, ou pelo menos não deviam ser, assim. Por mais que você possa arrumar um outro amigo, um(a) outro(a) namorado(a), as pessoas nunca são as mesmas e há pessoas que você não pode simplesmente arrumar outra da mesma categoria, tipo uma mãe. Pessoas não são descartáveis. Principalmente aquelas que você gosta / ama.


"Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração..."


SUCK MY DICK NEW YORK

17 de set. de 2012
Eu sei que costumo postar apenas qdo tenho um texto mais pensado qdo to bem ou algo vago e sem sentido quando to triste. Mas eu tenho alguns amigos MUITO FODAS. E alguns diálogos deveriam simplesmente ser registrados para a posteridade diante de tamanha geniosidade.

Eis que daqui pra frente resolvi que postarei algumas coisas mais aleatórias aqui simplesmente porque eu ri muito ou porque as pessoas que as disseram são simplesmente fodas. 

Hoje eu apresento-lhes meu amigo mais genialmente aleatório! Cujo nome não publicarei a não ser q ele me autorize: Meu melhor amigo gay, q eu descobri da pior forma (sondando se convidaria ele pra sair ou não), q posteriormente adotei como meu bebê e meu discípulo, meu primeiro e único amigo de trocar putarias no computador, meu consultor de moda, meu tutor de cálculo, que tem uma família mto legal e a mãe que faz a melhor carne assada do mundo depois do meu pai, que gosta mais de homem do que eu mas esquece que eu não sou gay e me trolou desfilando de cuequinha na minha frente com direito a "oopsies". Aquele q tem a geniosidade de me receber em casa depois de um dia cansativo (ha) de trabalho com um PIROCÓPTERO (não o dele, claro), me manda whatsapps do elefante soltando pum, me levou pro mal caminho dos inferninhos digitais (4chan e afins), me atualiza nas novas ondas do galerê pra eu ficar descolada mas me acompanha no homem aranha dos anos 60. Te amo! S2

  • NSFW
  • NSFW
  • NSFW
  • o pirocóptero
  • AHHAHAHAHHA


    CONSEGUI PROVA O CARALHO DA PORRA DA BOCETA DA DESIGUALDADE TRIANGULAR
    SUCK MY DICK, NEW YORK
    - disse spadre man

    q

A morte só existe pra quem está vivo

9 de set. de 2012
Sei que não sou a única no mundo a fazer isso. A gente nunca é o único no mundo a fazer algo. Mas fico imaginando o quão esquisito isso é. Até porque nunca falei pra ninguém e jamais vi alguém comentando algo semelhante comigo. Presumo que muito.

Eu tenho fantasias com a minha morte. 

Com frequência.

Pelo menos algumas vezes por semana, aleatoriamente, me imagino morrendo. Por exemplo: estou tranquila no ônibus quando de repente tenho uma visão bem realista do ônibus batendo, depois vejo que tudo está bem e continuo minha viagem como se nada estivesse acontecido. Às vezes levo um susto quando é vívido demais. Às vezes minha imaginação continua por vários minutos me vendo numa cama de hospital ou me despedindo de pessoas queridas até que vou voltando pra realidade aos poucos como se estivesse acordando de um sonho ruim.

Estou tão acostumada com isso na minha rotina que, até hoje, não tinha reparado como isso é bizarro. Fui me dar conta disso enquanto andava no jardim da casa dos meus pais após imaginar a cena de morte mais ridícula já inventada, digna de entrar nos top darwin awards. Ok, não a mais ridícula... acho difícil superar esse cara. Talvez mais ou menos no nível de um conhecido do meu pai que morreu engasgado com panetone (sim, isso é verídico). Depois da visão fiquei pensando: "Putz, não posso morrer assim. Imagina só meus amigos contando pros filhos que tiveram uma amiga que morreu quando um coco caiu na cabeça dela. Que coisa ridícula!"

Mas será que mortos pensam? Supondo que não haja existência após a morte, o caso está encerrado: se não há existência, não há preocupações, medos, vergonhas. Caso contrário, havendo existência, há consciência? Havendo consciência, uma consciência capaz de sentir tais emoções? E motivo? Por que um morto ligaria pro que pensam? Esse tipo de raciocínio sempre me faz chegar em uma teoria antiga minha... A morte só existe pra quem está vivo.


Um ano atrás

23 de ago. de 2012
Hoje eu ia escrever sobre outra coisa, mas então percebi que era 23 agosto e resolvi mudar de assunto. Nesse dia, exatamente um ano atrás, eu estava num avião a caminho da França. Tanta coisa aconteceu nesse dia. Tanta coisa aconteceu de lá pra cá. É rídiculo como tanta coisa muda em um ano. E também como algumas coisas continuam as mesmas.

Nesse dia aconteceu o abraço mais gostoso que já tive na vida, nesse dia eu estava cheia de incertezas, medo e ao mesmo tempo ansiedade, expectativas e alegria. Estava indo pra uma aventura de 2 meses sozinha em países que eu não conhecia com pouquíssimo preparo, guiada por ninguém, apenas pela minha curiosidade. Eu sabia que ia ter a melhor experiência da minha vida (so far) mas fui obrigada a deixar pra trás coisas que eu não queria deixar de jeito nenhum.  Bom, todo mundo já sabe o que aconteceu depois, não me arrependi de ter ido, apenas de como eu voltei.

E de lá pra cá tanta coisa aconteceu, tanta coisa mudou... Tanta merda surgiu, boa parte delas justamente ao mesmo tempo... Familiares doentes, falta de dinheiro, pressão psicológica, brigas na família e desestabilização total, fim de um relacionamento. Mas tanta coisa muito foda também aconteceu. A viagem em si, as aprovações nas faculdades, o estágio, a bolsa, as boas notas, as pessoas maravilhosas que conheci e principalmente todas as grandes mudanças que se passaram dentro de mim e uma certa coisa que permaneceu intacta.

Um grande ano.

Conselhos que as pessoas dão

20 de ago. de 2012
Um excelente conselho que me deram um dia foi: "Se conselho fosse bom, não se dava, se vendia". Sim, um bom conselho sobre conselhos dizendo que eles são ruins e isso gera um paradoxo, blá blá blá, dane-se porque é verdade.

As pessoas esquecem que determinadas afirmações não são regras universais, ou seja, não funcionam pra todos. Fora que não adianta dar conselho pra quem não quer seguir. Às vezes o que você acha uma boa ideia pra alguém é justamente aquela coisa que ela não quer fazer. Conselho não é pra você convencer alguém de que a sua ideia é boa pra outra pessoa além de você mesmo. Aliás, essa é a forma mais estúpida que eu já ouvi falar de se aplicar um conselho. Não que eu não goste de pedir a opinião de outras pessoas, eu gosto e talvez até mais do que o comum. Mas eu tendo a ignorar a maioria das coisas que as pessoas dizem. Essa é a hora em que você diz "então why the flying fuck...?".

Tem alguns amigos dos quais eu gosto de ouvir a opinião apenas porque sei que eles raciocinam de forma muito parecida comigo, então eu confio mais no que eles dizem. E tem aqueles outros que não necessariamente costumam concordar comigo, mas é sempre bom escutar porque vai que alguém diz um argumento no qual eu não tinha sequer pensado na possibilidade ainda? Acho que dar conselho serve pra isso. Pra te fazer refletir, apenas. No final é você quem tem que decidir. E nem sempre tem que fazer sentido!

No campo dos relacionamentos, especialmente, é muito normal as pessoas ficarem dando conselhos. Ainda mais que eu costumo falar abertamente sobre isso e algumas pessoas cismam que tem algo errado comigo. Não que não tenha ahuahuha, mas deixa quieto! ;o  Enfim, algumas das pessoas que me "dão uns toques" são pessoas que eu valorizo muito. Mas não é assim que a vida funciona. Umas das pérolas mais comuns que escuto são "não seja boba, não corra atrás, se faça de difícil", "aposto que tem vários outros homens aos seus pés pra você escolher, escolha", "esqueça isso". Vou dizer com uma imagem o que eu acho disso:



Só pra começar as coisas não se resolvem assim, mesmo querendo. Fico imaginando se as pessoas que dizem esse tipo de coisa já amaram alguém na vida de verdade ou foi simplesmente uma questão de comodismo / apego. Porque até onde eu sei, amor não se esquece assim não. Acredite, eu tentei. Exaustivamente. E falhar miseravelmente só confirmou o que eu pensava. A segunda coisa, sobre simplesmente escolher outra pessoa... Também não é assim. Existe um clique, e ele tem que acontecer. Eu posso procurar pessoas, mas não escolher. Não vou simplesmente escolher qualquer pessoa aleatória. A resposta mais clara pra isso é "não estou afim, porra". A última coisa, e a mais importante, é que nunca escutei nada que me soe tão ridículo como "se faça de difícil". E não é desculpa por não conseguir me controlar. Claro que auto-controle é uma coisa que influencia, mas não tenho tido problemas com isso ultimamente. A questão maior é que, eu não simplesmente não suporto, mas tenho completa ojeriza por manipulações e fingimentos. Não só não concordo com essas coisas como sou completamente incapaz  de realizá-las. Eu tenho uma espécie de TOC por dizer exatamente o que estou pensando. Sempre. Obviamente em algum momento da minha vida isso já me trouxe problemas, mas é preferível ser assim do que ser o oposto, não? Ou seja, a ideia de dizer pra uma pessoa da qual eu gosto que eu não gosto, agir e fingir como se isso correspondesse à realidade não somente me parece algo muito complicado como inconcebível do meu ponto de vista ético. No máximo, talvez, me controlar e não ficar comentando o que eu penso. Mas fazer o oposto? Impossível e, pode me chamar de babaca que eu não dou a mínima, totalmente ridículo.

Dafuq is dia dos solteiros (?)

15 de ago. de 2012
Li em algum lugar que hoje era "dia dos solteiros". Nem sei se essa porcaria existe mesmo ou sequer se é hoje de verdade, mas resolvi escrever sobre isso mesmo assim.

Que coisa boçal. Acho que nem tem muito o que comentar sobre as pessoas que, nos outros 364 dias do ano, são a encarnação do forever alone lvl 99 e hoje ficam berrando no facebook que ser solteiro é maravilhoso, né? Hipocrisia mobral. Não tem outra expressão mais descritiva. Então resolvi escrever o que eu realmente acho de solteirice.

Cara... É realmente maravilhoso em alguns momentos. Não tem nada melhor na vida do que:

  1. Ter liberdade de ir, vir, pensar, falar etc sem precisar pisar em ovos;
  2. Não ter que cumprir exigências idiotas com as quais você não concorda;
  3. Ter o seu próprio espaço;
  4. Poder fazer o que você quiser com o seu tempo;
  5. Planejar sua vida pensando somente no seu benefício sem ter que fazer concessões que a longo prazo irão te prejudicar;
  6. Não ter que lidar com ciúmes / excesso de carência e poder sair com amigos e amigas sem que ninguém te encha o saco por isso;
  7. Não ter draminhas desnecessários e discussões idiotas por motivos absolutamente irrelevantes;
  8. Poder ser você mesmo e fazer coisas que você só faria sozinho tipo soltar um pum, andar pelado, ir no banheiro de porta aberta, cantar britney spears no chuveiro usando o vidro de xampu como microfone, treinar em voz alta se decorou o nome dos primeiros 151 pokemons etc;
  9. Poder apreciar e comentar a beleza de pessoas do sexo desejado sem levar um pisão babaca no pé;
  10. E outras muitas alegrias de não estar num relacionamento típico.
Resumindo, não estar num relacionamento comum é, pra muita gente e pra mim inclusive, como estar de férias de um trabalho cansativo. Em diversos relacionamentos que tive, a sensação ao terminar era em parte muito parecida com a de chegar em casa morta depois de um dia longo e tirar o sutiã. Mas acho que não é só porque algo te deixa cansado que você não gosta dessa coisa. Assim como existem as pessoas que, por algum motivo doentio, amam loucamente ir pra academia todo dia passar horas estrebuchando em equipamentos, existem pessoas que gostam de namorar. E, é claro, as que não gostam.

Mas assim como existem várias coisas que eu não suporto, como disse acima, também existem as coisas que eu gosto muito:
  1. Receber e fazer massagem nas costas (os outros items não estão em ordem mas esse é definitivamente o top 1);
  2. Trocar carinho ao assistir um filme;
  3. Ter a parte sentimental da coisa: querer estar com alguém que quer estar com você, amar alguém profundamente, querer muito o bem de alguém, gostar de agradar alguém, ficar feliz com a vitória de alguém, tudo isso de uma forma mais especial com alguém especial é algo muito gostoso pra mim;
  4. Fazer coisas banais, idiotices e rir disso junto com alguém;
  5. Fazer as coisas que você não gosta de fazer sozinho. Pra algumas pessoas pode ser ver um filme, viajar, deitar na grama e conversar (até pq isso seria meio estranho), ir à praia, sei lá. Muita gente tem pelo menos uma coisa que prefere muito mais fazer se tivesse companhia. Eu tenho várias dessas coisas. E talvez também aquela coisa que você sempre quis fazer, mas não fez porque nunca ninguém falou "ei, vamos?";
  6. Fazer coisas que normalmente você não tentaria fazer, mas acaba fazendo só pela companhia especial e acaba  adorando;
  7. Ter alguém que se importe com você, de verdade;
  8. Ficar de conchinha;
  9. Ficar feliz só de ver o sorriso da outra pessoa;
  10. Fazer sexo com alguém que você realmente tem intimidade e a possibilidade de fazer sempre com a mesma pessoa (pq na minha opinião vai ficando muito melhor);
  11. Tentar uma posição diferente, dar com a cabeça na cabeceira, se estabacar no chão e começar a rir ao invés de se sentir embaraçado;
  12. Beijar na chuva, falar sobre o próprio amor, andar no parque, trocar presentes ou palavras de amor e carinho sem motivo algum e outras coisas fofinhas;
  13. E essa lista vai longe...
Lembrando que essas são as coisas que EU gosto. Existem outras coisas passíveis de se gostar em um relacionamento. De qualquer jeito, imagino que aí tenha muita coisa legal pra quase todo mundo. Creio eu que as pessoas que abraçam a solteirice honestamente são no geral as pessoas que pesam os prós e os contras e acabam por concluir que não vale a pena, não quem não gosta dessas coisas. 

Eu, no entanto, acho que vale por um motivo crucial: as pessoas em geral esquecem, desconhecem ou ignoram que existe o relacionamento atípico.  Eis que um dia eu tive uma ideia genial (que depois aprimorei lendo sobre o assunto, ou conversando com gente que pensa parecido) que é a seguinte: E se a gente pudesse escolher ter as coisas que a gente quer e não ter as coisas que a gente não quer? Não seria o máximo???


A resposta é simples: yes, we can. Mas apesar de simples, talvez não seja tão fácil. Primeiro você precisa mandar um "foda-se" pra sociedade. Depois é preciso que você ache alguém que pense as mesmas coisas que você ou, no mínimo, algo razoavelmente parecido e que, na parte que sobrou, role um "we agree to disagree" e não tenha algo que te faça sentir violado ou que viole a outra pessoa.

É mais ou menos isso que estou procurando agora. Na verdade eu achei, a outra pessoa é que não achou, ahuahuahua, mas isso é história pra outra hora.  Uma vez recebi um conselho do meu irmão que foi o único que recebi na vida sobre relacionamentos que realmente procede: "Depois que você se aproxima de alguém, o que faz você ficar com essa pessoa não são as qualidades que você aprecia, mas os defeitos que você tolera". Estou considerando seriamente em, na próxima vez que eu for iniciar um relacionamento, elaborar um contrato de 137 cláusulas sobre as coisas que devem e que não devem acontecer, o que eu quero e o que eu definitivamente não quero e dar para O Escolhido assinar. As cláusulas poderiam ir desde "Não lamber orelhas durante o coito" até "Não comereis a cheesecake que sobrou na geladeira do próximo". Depois iria pedir pro indivíduo fazer o mesmo, analisar o contrato com cuidado e ver se é possível propor um acordo justo que não viole cláusulas de nenhum dos dois.

Obviamente 99.9% das pessoas no mundo diriam nesse momento que eu sou uma puta de uma lunática. "Crazy eyes!! CORRÃO para as montanhas!!" Mas na minha cabeça parece que poderia dar certo. Acho que eu teria que estar com alguém tão quanto ou muito mais lunático que eu, mas talvez isso seja exatamente o que eu goste. :) Talvez nem seja tão lunático assim...

Nah, é sim.


The [s]Never[/s]ending Story

27 de jul. de 2012
I'm gonna tell you a story
about a girl and the boy she loves.
They were once happy forever
except that forever didn't last that long.

Mistakes were made, regrets were taken
and he went away for never to return.

She tried to go after him,
she tried to get over it,
she tried to stay away,
she tried to let it go,
she tried just to forget.

But she failed,
she always failed.
So she still loves him
every second
of every day
with every cell
of her body
so deeply
and so fucking much.

And every time she misses him
she cries her love in silence.
For his smile is still able to make her whole day shiny.
His words still touch her heart like nothing else.
His vision of the world is still so interesting and charming.
And his hug is still the best of the world.

And without any specific goal
she lives loving him quietly,
trying to get sometimes a smile.
By the way, I am this girl.
And the boy, I think you know.

Le douze

13 de jun. de 2012
Ma vie a changé le dernière juin . Merci pour tout. Désolé pour les choses que j'ai fait à toi. J'ai été très heureux et je ne savais pas comment agir correctement. J'espère que tu es bien.

O tempo

22 de mai. de 2012
O tempo só, passa.
E o tempo só, disfarça.
Até que não se percebe mais a solitude.

E ela até agrada.

O esforço de lembrar
Vale menos do que é possível reter.
Troca-se o que poderia ter acontecido
Pelo que não veio a acontecer.

A angústia se afasta como a visão
Borrada pela neblina
Que num dia leva o frio à espinha
Mas no outro o orvalho da matina.
E por mais que doa a falta do verão
O problema agora é solução
Na medida em que se adapta ao clima.

Etiene Dalcol  - 22/05/2012





Time machine bad trip

20 de mai. de 2012
Fiz uma viagem no tempo e foi uma puta de uma bad trip... Taí as coisas que eu escrevia. Gente... Eu era uma criança esperta mas putz, ainda bem que eu dei uma segurada na fase Augusto dos Anjos ou eu provavelmente já teria morrido de tuberculose.


Crí­ticas Noturnas

A noite fria pôs-se a cantar,
Escutaram atentos os frutos da ignorância,
Que por sua mais profunda ganância,
Tudo que é belo assim irá se acabar.

Mórbida será a voz dos corredores,
Que nunca irá se calar,
E isso só irá aumentar,
Fragmentos de suas vidas de horrores.

Só entre a multidão que cerca,
Pedaços de vozes e risos em coro,
Sem saber de suas "vidas felizes sem choro",
E sua alma pobre só quer ser liberta.

Voar por caminhos invisí­veis, 
É a saí­da de sua prisão,
Que na célula mais profunda do coração,
Teme as própias pragas insensíveis.

Que balbucia no auge da decrepitude,
Que não existe fuga,
Não foi inventada a cura,
Para esta sem-razão da falta de atitude.

Etiene Dalcol - 30/05/2004


Notas de uma sombra corrompida

Não posso com a vida acabar,
Pois ela eu jamais possuí­,
Seu gosto eu jamais senti,
E com ela eu só queria amar.

Dos amigos que eu já vim a ter,
Bons tempos assim vieram.
Tempos que por eles eram
O que eu jamais tornarei a ver.

Da vida rudimentar que talvez vi,
Faltam muitos bons momentos,
Foram poucos contentamentos,
No curto perí­odo em que vivi.

Pois agora não vivo mais.
Fui simplesmente enterrada.
Sou apenas a sombra exalada.
Do que um dia fui atrás.

Das trevas eu me alimento.
No sofrer, eu me encanto.
Da dor no meu recanto,
Sustento meu corpo sangrento.

O cheiro acre do corpo putrefato 
É meu perfume das rosas cálidas.
E em minhas nuances pálidas.
Realçado é meu corpo fraco.

Meu espírito negro brilha,
Minha alma obsoleta grita,
Minha cabeça gira,
No tempo em que tudo pra mim apodrecia.

Da frigidez amarga que me fiz,
Besta infectuosa me tornei.
Pior irás ficar, eu sei
Que a noite fria diz.

Assim a sombra a mim corrompe,
Pois minh`alma não tem saí­da,
Lúgubre é a minha vida,
E eu a vida afronte.

Etiene Dalcol - 26/05/2004


Vida solitária, dor diária

Eu: palavra forte de grande impacto.
Tudo era, agora nada.
Invariavelmente por um simples fato,
Escureceu-se a minha mente,
Nublou-se a minha alma,
Esmagada e pisada como um simples rato.

De repente, sem nem parar para explicar,
A felicidade se foi e nada ficou a restar.

Como o chão sob meus pés,
Reais são os medos meus.
Uma dor, um sufoco, uma lágrima,
Zombaste de mim, meu Deus.

Deus: palavra que agora me é estranha.
Amargo, frio, longí­nquo, inexistente.
Literalmente revira minhas entranhas
Como um sopro podre que me infecta
O corpo morto de esperança.
Livra-se de tudo e nada se alcança.

Etiene Dalcol - 23/05/2004

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17 de mai. de 2012

Quanto mais suicidas no mundo, menos suicidas no mundo.

9 de abr. de 2012
Não sei se já disse isso, mas tem pouco tempo que descobri o real significado de uma das perguntas do okcupid sobre pessoas simples/complexas. Na época respondi que preferia pessoas simples. Minha lógica é que detesto pessoas que over complicam as coisas, e por isso simples era melhor. Mas, no final das contas, embananei a lógica e acho que a pergunta falava de outra coisa. Alguém chegou a me chamar atenção pra isso, mas como eu ainda não tinha visto o outro lado da questão e minha lógica até q tem algum sentido, deixei quieto todo esse tempo.

Simples, nesse caso, seria quem não vê além do campo do simples e está feliz em não sair do seu campo. É como morar entre montanhas, se sentir feliz e não querer saber o que tem além delas. Não, não sou nem tenho preferência por pessoas assim. Tá que a vida simples deve ser mais fácil, e tem muitas horas que o cansaço ou a tristeza fazem com que eu deseje ser temporariamente dessa forma. De um modo bem geral, no entanto, eu não me satisfaço ou me importo facilmente com o óbvio, mas com o que está além, com o que eu não sei, com o que não aconteceu - ainda. As coisas que eu quero estão em camadas que não são facilmente vistas pela maioria. Consequentemente são coisas mais difíceis (como disse, fácil seria estar satisfeita com pouco), mas são coisas que, ao alcançar/descobrir/realizar, tomam um significado completamente diferente do que tinham antes. E, independentemente do resultado, a experiência rara é, por si só, um privilégio. Quando a experiência é positiva então, é algo indescritível.

Tem muitos contras... O que consigo pensar de início é que expectativas além da realidade geram, além de frustrações mais constantes, grande dificuldade em dar valor ao que se tem. Passei boa parte do meu segundo semestre de 2011 tentando consertar isso com vigor e, apesar do objetivo inicial pra eu tentar mudar isso ter deixado existir, insisti tendo resultados bons. Ainda faltam uns retoques, though. E ainda há outros contras que não vou lembrar agora.

De toda forma, cheguei à conclusão que pessoas complexas são privilegiadas apenas pela própria existência e fadadas a grandes feitos. Não, não estou falando de complexo de Deus eu-vou-mudar-o-mundo-kind-of-thing. Mas coisas como coragem de passar por mudanças não têm nada de simples, são grandes feitos sim. E é justamente esse o tipo de coisa que leva a inovações maravilhosas. Dá pra perceber que eu tenho uma queda quase que descontrolada pelo ineditismo, e nem sempre isso é bom. Mas às vezes é maravilhoso.

Má perdedora.

1 de abr. de 2012


É. Eu sou má perdedora. Coloque uma vida que tem sido boa o suficiente pra não acostumar com perdas numa pessoa extremamente competitiva e o resultado é esse. Não consigo lidar tão bem com isso. Me incomoda e, dependando de quanto eu quero algo, me atinge e me põe pra baixo.

Mas é pior ainda quando tiram de mim a oportunidade de participar em algo que eu tenho certeza que eu seria "vitoriosa" (vitoriosa entre aspas pq não estou falando de uma competição em si, mas é um termo aplicável quando eu considero alguns aspectos da vida que me fazem bem como pequenos "achievements"). E pior ainda quando tenho certeza de que esse algo me faria muito muito bem e seria muito muito bom. E pior ainda quando todo o resto da minha vida está bem legal ou sendo encaminhado e essa era realmente a única coisa que me faltava querer. A única perninha curta que sobrou pra qual eu podia dirigir minha atenção. Tudo bem que é fácil dizer que quando só sobrou uma coisa pra querer, isso é o que você mais quer. É como dizer que você tem um irmão favorito tendo um irmão só. Mas isso não torna a situação menos válida, pelo contrário. Se você tivesse quinze irmãos, talvez fosse bem mais difícil dar a quantidade de importância pra um deles, mesmo que fosse o favorito, da mesma forma que faria tendo apenas um. Se seu único irmão morre, é provável que isso seja bem mais doloroso do que perder um irmão dentre 15. E é como eu tenho me sentido...

Eu sei que as minhas certezas parecem incertas pra muita gente. Mas só eu sei como funciona a minha cabeça. Eu bem disse que, quando eu viajasse, minha cabeça poderia ficar confusa. E ficou. Eu tive medo e avisei que, quando eu saísse da casa dos meus pais, problemas poderiam acontecer. E aconteceram. É claro que uma parte justa disso é minha culpa. Mas eu nunca fui gaiata nem fiz ninguém de gaiato. Eu sabia de tudo e avisei de tudo.  Mas arrisquei. Arrisquei por necessidades e também por acreditar em outrem. Eu sou mais inteligente que isso e meu erro foi esse: não seguir as minhas próprias previsões lógicas e me iludir "acreditando no melhor". Com o tempo deixei essas ilusões viraram "verdades" que eu repetia e ainda cavava de algum lugar um argumento que as suportasse. Ou seja, além de cometer os meus próprios erros, cometi os erros de outra pessoa. Com isso perdi algo que me fazia muito feliz e toda a chance de lutar porque também perdi uma credibilidade que não merecia perder. E agora, quando digo que estou certa de algo, fácil entender porque ficam na dúvida se não estou sendo uma retardada iludida. Mas não há mais nada que eu possa fazer sobre isso agora e o pensamento de toda essa injustiça me deixa aturdida. Não sei lidar com isso. Injustiça me revolta de uma forma... inexplicável em palavras. Acho que a forma mais light de dizer o efeito da injustiça em mim é que é algo que revira minhas entranhas, perturba meu espírito e tira o meu sono. O que faz dessa derrota algo particularmente difícil.

É realmente tão estranho assim lidar com a derrota tentando esquecer de que há algo pelo qual lutar?

Conflito

31 de mar. de 2012




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Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
E quando eu vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem

Já que você não está aqui
O que posso fazer é cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem?

!empty($mood) ? 'in' : '' + sugestionável

27 de mar. de 2012
Eu sei que na grande parte do tempo sou cabeça dura. Sou mesmo. Admito. E sempre digo que respeito muito a opinião dos outros.  Mas, na verdade, é bem fácil respeitar quando o que acontece é que eu não dou a mínima. Você pode me dizer o que você quiser sobre a sua opinião e a chance é grande de que estarei "de boa". Não porque te respeito, mas porque, no fundo, acho óbvio que o que é mais importante e faz mais sentido pra mim é a minha opinião e não a sua, ou não teríamos opiniões diferentes pra início de conversa. Interpretar isso como respeito ou como "caguei pro que você acabou de falar" varia de acordo com o nível de mimimi da outra pessoa.

Apesar disso, eu não tenho uma mente rígida como posso aparentar, muito pelo contrário. Eu funciono de forma bem esquemática, na realidade. Ok, o seu argumento não é um argumento se eu discordo dele. E não importa quantos argumentos que eu conhecidamente discorde você me apresente, eu mudarei de ideia tão facilmente quanto seria parir um filho do Hagrid. No entanto, se me é apresentado um argumento que eu desconheço e me parece válido, ou se um argumento anterior é apresentado dentro uma nova situação que o torna válido, ou seja qual for o novo elemento introduzido que eu concorde, eu vou mudar de ideia sim. Eu não tenho esse tipo de orgulhinho de continuar discordando só pra fazer cu doce.

Ou seja, de um modo geral, eu sou flexível, mas tipicamente "insugestionável". Mas isso é no campo prático. No campo emocional a coisa funciona de forma beeeeeem diferente. Completamente oposta, até. Tanto é que tenho uma playlist chamada "happy music" que funciona de forma muito simples: ela tem músicas alegres, e quando eu estou na merda, eu escuto e me sinto melhor. É só isso e funciona razoavelmente bem dependendo do nível de profundidade da merda. Por outro lado, tem dias que eu não tenho motivo nenhum pra estar na merda, não sei o que houve, mas estou. Então percebo que estou com alguma música emo na cabeça, ou com alguma cena chocante de filme, série ou livro me perturbando silenciosamente. Emocionalmente as coisas funcionam fácil em mim. Às vezes uma pequena frase encorajadora, vinda de alguém da qual eu reconheço o bom senso, pode fazer uma reviravolta.

Por isso que eu digo, de forma até meio patética, que eu preciso de certos amigos, de certas pessoas na minha vida. Eu não gosto disso. Não gosto dessa ideia de necessitar de outrem pra me guiar. Mas, pelo menos por enquanto, é o que funciona comigo. A palavra tem uma força filha-da-puta em cima de mim. E tem (ou deveriam haver) pessoas específicas que costumam dizer exatamente o que eu preciso ouvir, ou sabem colocar uma situação em um fraseamento completamente diferente e melhor que o meu. Isso se chama apoio e tem trocentas formas de fazer isso que você nem imagina que constitui mesmo em apoio. Um dia eu dedico um post só pra isso.... Mas passando rapidamente no assunto: ou você conhece uma só pessoa que sabe exatamente do que você está precisando e sabe reagir de acordo em diferentes situações, ou você recorre a vários amigos que reagem de forma diferente em situações diferentes. Mas, basicamente, é o que eu estou precisando agora, me aproximar de pessoas que falam naturalmente de um jeito que exerce uma força positiva na minha vida. Nem preciso dizer que preciso afastar as que fazem o oposto porque praticamente afastei todos que me eram próximos e isso é assunto prum capítulo inteiro... melhor deixar pra lá...

Nada como uma fuga de vez em quando

18 de fev. de 2012

242 days of summer

16 de fev. de 2012
Então! O outono disse "oi", meu verão já terminou e estou feliz. Sério mesmo! Ok, ainda tou bem fodida por dentro, mas pelo menos estou juntando os caquinhos sorrindo. E nem é um sorriso amarelo e forçado. É um sorriso até meio bobo e o motivo, discutível. Mas é um sorriso de verdade.

E sabe o que é melhor? Saber que se o motivo desse sorriso se esvair por alguma razão, de qualquer jeito esse verão já passou! Depois virá o inverno e assim a vida segue.

Mas enquanto isso não acontece, eu aproveito os frutos da estação... 

#cpbr5 and other drugs

11 de fev. de 2012
Depois de meses sem postar, resolvi revitalizar o blog. Na verdade, não é que eu não tenha escrito nada. Eu escrevi bastante, mas nada era publicável. Passei bastante tempo muito ocupada e bastante tempo triste. Só basta dizer isso pra saber que tudo que eu escrevi só poder ser um monte de merda.

Pois é... Então eu viajei pra Campus Party em São Paulo e nesse tempo mais ou menos livre acabei fazendo um balanço geral da minha vida nos últimos meses. Tempo livre às vezes faz mal e às vezes faz bem. Pra quem tá com a vida cheia de problema é mais um porque você fica pensando neles e se desesperando. Se você tá trabalhando e tal, você foca em algo e vive bem melhor. Mas o legal do tempo livre, da revisão e da preocupação é que às vezes você resolve as coisas.

Fazendo resumo rápido do meu panorama pouco tempo depois deu voltar de viagem:
 - O servidor estava falido e eu tinha 0 de entrada de dinheiro. Ou seja, desempregada for real logo após torrar meu dinheiro todo.
 - Meu pai tava doente e não podia trabalhar o que gerava dois problemas. O fato do meu pai estar doente em si e o fato de que ele também ficou sem dinheiro.
- Minha mãe atingiu o ápice do TOC e me encheu o saco até eu ser obrigada a sair de casa.
- Percebi que eu vadiei por 2 meses e não estudei porra nenhuma pro vestibular então estava super tensa com a proximidade dos exames.
- Enrolei tudo que eu tinha pra enrolar, fodi com tudo que tinha pra foder e comecei a ter problemas no relacionamento que culminaram no meu namorado e, na época, amor da minha vida, terminando comigo pouco tempo depois mas ainda no meio disso tudo pra tudo ficar ainda melhor (joinha).
- Comecei a pirar e ter problemas de saúde aleatórios e crises de ansiedade.
- Pisei na bola feio com alguns amigos que então deram as costas pra mim.
- Estava morando com um ex que era mega escroto e legal comigo aleatóriamente me deixando doida.


Eu poderia escrever livros sobre cada item, mas estou com preguiça.

E enfim... eis o meu panorama no início dessa semana:
- O servidor tá legal e dando dindin de novo. Estou estagiando numa empresa foda, com colegas de trabalho excelentes, ganhando razoavelmente bem e aprendendo muito.
- Meu pai ainda não tá lá essas coisas, mas não tem muito que eu possa fazer e, no geral, ele tá bem melhor.
- É bem mais fácil lidar com a minha mãe não morando com ela.
- Um milagre aconteceu (mesmo) e eu passei em todas as faculdades pras quais fiz prova, chegando a ficar em 1o lugar na UniRio.
- ...
- Ainda não to lá essas coisas de saúde mas já tem bastante tempo que não tenho crise de ansiedade.
- Entendi que amigos que realmente te dão as costas, não importa como tenham se desentendido, nunca foram de fato amigos. Fiz amigos novos.
- Vou sair do apê do ex em no máximo um mês.

Ou seja, praticamente TUDO na minha vida se resolveu, algumas coisas de forma extraordinariamente explêndida! Exceto... a parte de relacionamentos. E como essa era a única coisa que eu tinha pra me preocupar, me preocupei e tentei resolver. Pensei, pensei, pensei, falei tudo (ou assim espero), expus todos os meus sentimentos mais sinceros, tomei porrada até esfolar a alma, chorei, chorei pra caralho, chorei mais ainda.

Cansei e pensei mais! Depois mais um pouco e tomei uma decisão. E então... como se algo estivesse me recompensando por isso... awesome day is awesome.
 

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