Sou egoísta mas você não é descartável

18 de set. de 2012
Não vou entrar em detalhes agora sobre a diferença de egoísmo e egocentrismo até porque estou com preguiça de pesquisar sobre isso. Para todos os fins, quando digo egoísta falo de pessoas que pensam demais em si e não se importam muito com outras pessoas. Presumo ter acertado.

Eu sou assim egoísta naturalmente. É...

Tenho uma enorme dificuldade de lembrar de coisas que não são importantes pra mim mas são muito importantes pros outros. Nem faço de sacanagem. Eu me preocupo e tudo, sinto mal quando piso na bola com alguém. Me policio mas ainda assim acontece bastante. Chega ao ponto deu ter que adicionar uma tarefa no google tasks dizendo "ligar pra mamãe" ou "perguntar não sei o quê pro fulano" pra me forçar a não esquecer. E mesmo assim ainda esqueço.

Não é que eu não ajude ou não ligue pras outras pessoas. Eu já doei mais de 1000 reais pra vítimas de terremoto e outros tantos brinquedos e mantimentos pra orfanatos e tal, já dei presente de mais de 700 reais pro meu pai, já me despenquei 1500km pra conhecer uma pessoa, já fiquei sem dormir direito por dias pra aproveitar um tempinho e dar um abraço em outra, já parei tudo o que eu estava fazendo pra tomar conta de um namorado que fez uma cirurgia. Mas passo longe de altruísta. Pede só um pedaço da minha cheesecake ou do meu brownie! Pede pra eu "consertar sua internet". Me conte algo pelo qual eu não tenha o menor interesse e veja se eu vou conseguir prestar atenção (mesmo que eu tente). No fundo, no fundo, quando faço algo por alguém é porque isso também me traz algum benefício, nem que seja me sentir bem. Quem convive com pessoas atenciosas e verdadeiramente altruístas sabe como isso é um defeito e dos grandes.

Apesar disso, às vezes eu gostaria que as pessoas fossem mais tolerantes com os meus defeitos; que fizessem alguma distinção entre fazer de sacanagem e falta de semancol; que tentassem me entender e tivessem a paciência de me lembrar as coisas, me dar um toque etc, ao invés de simplesmente se emputecer na primeira oportunidade que eu tenho de cometer um erro aos olhos dos outros.

Mas se há uma coisa que eu felizmente não tenho é essa falta de tolerância com a individualidade de cada um. Eu posso até manter a minha posição de não gostar de determinadas atitudes, mas no geral, eu tolero as coisas. Todo mundo tem defeitos e dos grandes. Todo mundo. Se eu não amasse as pessoas com eles, eu não amaria ninguém. Até porque várias coisas me irritam.

Claro que algumas pessoas exageram e são mais complicadas de lidar, tipo eu e minha mãe, enquanto outras pessoas não requerem tanta paciência. Mas todo mundo em algum momento vai causar esse tipo de demanda. De um jeito ou de outro, acho muito mais proveitoso explicar pra pessoa e tentar trabalhar junto com ela pra resolver ou apaziguar a questão do que se afastar. Talvez não seja fácil, mas ainda assim mais proveitoso. Hoje em dia, se o seu celular quebra, você compra outro. Pessoas não são, ou pelo menos não deviam ser, assim. Por mais que você possa arrumar um outro amigo, um(a) outro(a) namorado(a), as pessoas nunca são as mesmas e há pessoas que você não pode simplesmente arrumar outra da mesma categoria, tipo uma mãe. Pessoas não são descartáveis. Principalmente aquelas que você gosta / ama.


"Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração..."


SUCK MY DICK NEW YORK

17 de set. de 2012
Eu sei que costumo postar apenas qdo tenho um texto mais pensado qdo to bem ou algo vago e sem sentido quando to triste. Mas eu tenho alguns amigos MUITO FODAS. E alguns diálogos deveriam simplesmente ser registrados para a posteridade diante de tamanha geniosidade.

Eis que daqui pra frente resolvi que postarei algumas coisas mais aleatórias aqui simplesmente porque eu ri muito ou porque as pessoas que as disseram são simplesmente fodas. 

Hoje eu apresento-lhes meu amigo mais genialmente aleatório! Cujo nome não publicarei a não ser q ele me autorize: Meu melhor amigo gay, q eu descobri da pior forma (sondando se convidaria ele pra sair ou não), q posteriormente adotei como meu bebê e meu discípulo, meu primeiro e único amigo de trocar putarias no computador, meu consultor de moda, meu tutor de cálculo, que tem uma família mto legal e a mãe que faz a melhor carne assada do mundo depois do meu pai, que gosta mais de homem do que eu mas esquece que eu não sou gay e me trolou desfilando de cuequinha na minha frente com direito a "oopsies". Aquele q tem a geniosidade de me receber em casa depois de um dia cansativo (ha) de trabalho com um PIROCÓPTERO (não o dele, claro), me manda whatsapps do elefante soltando pum, me levou pro mal caminho dos inferninhos digitais (4chan e afins), me atualiza nas novas ondas do galerê pra eu ficar descolada mas me acompanha no homem aranha dos anos 60. Te amo! S2

  • NSFW
  • NSFW
  • NSFW
  • o pirocóptero
  • AHHAHAHAHHA


    CONSEGUI PROVA O CARALHO DA PORRA DA BOCETA DA DESIGUALDADE TRIANGULAR
    SUCK MY DICK, NEW YORK
    - disse spadre man

    q

A morte só existe pra quem está vivo

9 de set. de 2012
Sei que não sou a única no mundo a fazer isso. A gente nunca é o único no mundo a fazer algo. Mas fico imaginando o quão esquisito isso é. Até porque nunca falei pra ninguém e jamais vi alguém comentando algo semelhante comigo. Presumo que muito.

Eu tenho fantasias com a minha morte. 

Com frequência.

Pelo menos algumas vezes por semana, aleatoriamente, me imagino morrendo. Por exemplo: estou tranquila no ônibus quando de repente tenho uma visão bem realista do ônibus batendo, depois vejo que tudo está bem e continuo minha viagem como se nada estivesse acontecido. Às vezes levo um susto quando é vívido demais. Às vezes minha imaginação continua por vários minutos me vendo numa cama de hospital ou me despedindo de pessoas queridas até que vou voltando pra realidade aos poucos como se estivesse acordando de um sonho ruim.

Estou tão acostumada com isso na minha rotina que, até hoje, não tinha reparado como isso é bizarro. Fui me dar conta disso enquanto andava no jardim da casa dos meus pais após imaginar a cena de morte mais ridícula já inventada, digna de entrar nos top darwin awards. Ok, não a mais ridícula... acho difícil superar esse cara. Talvez mais ou menos no nível de um conhecido do meu pai que morreu engasgado com panetone (sim, isso é verídico). Depois da visão fiquei pensando: "Putz, não posso morrer assim. Imagina só meus amigos contando pros filhos que tiveram uma amiga que morreu quando um coco caiu na cabeça dela. Que coisa ridícula!"

Mas será que mortos pensam? Supondo que não haja existência após a morte, o caso está encerrado: se não há existência, não há preocupações, medos, vergonhas. Caso contrário, havendo existência, há consciência? Havendo consciência, uma consciência capaz de sentir tais emoções? E motivo? Por que um morto ligaria pro que pensam? Esse tipo de raciocínio sempre me faz chegar em uma teoria antiga minha... A morte só existe pra quem está vivo.


 

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