Homem x Religião x Ciência

30 de jan. de 2013
Hoje eu li as três leis de Clarke sobre a relação do homem com a tecnologia e me deparei com algo que eu sempre pensei há muito tempo, mesmo sem ter lido nada de Clarke.

III. Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível de magia.


Em um primeiro momento em que não se entende algo, mas se vê ou acredita que esse algo existe, é normal que o ser humano crie mitos a respeito disso. Em um segundo momento em que a ciência investiga, descobre as origens e como essa coisa funciona, há um transição, uma evolução do primeiro conhecimento para um conhecimento "final". Final entre aspas porque a própria ciência descobre mais coisas sobre uma mesma coisa ao longo do tempo.

E isso pode ser aplicado a tudo.

Podemos pegar como exemplo algo tão banal pra nós como eletricidade. Que por ser tão comum, raramente paramos pra pensar que é uma energia invisível que faz equipamentos funcionarem. Agora vamos ver como isso soaria na cabeça de alguém do período renascentista? É grande a chance disso não ser distinguido entre força divina (ou demoníaca) ou que a mera concepção da existência de algo do gênero fosse vista como algo ridículo ou impossível.

Trazendo isso para a nossa realidade, quais as chances de algo que o ser humano compreende hoje como ridículo, impossível ou incompreensível deixar de ser assim em um segundo momento? E aqui podemos jogar tudo, absolutamente tudo, que o homem já imaginou: deuses, reincarnação, aliens, teletransporte etc. Nulas? Não creio nisso. Acredito que dada uma quantidade suficiente de tempo, desde que o ser humano não seja eliminado até lá, somos capazes de eventualmente resolver todas as dúvidas de hoje. Seja pra dizer que algo não é possível, ou pra dizer que sim e explicar exatamente como. Obviamente, mais dúvidas surgiriam ao longo do caminho. No entanto, eu não sei se, num dado momento e observando as condições certas de sobrevivência e propagação do conhecimento, o ser humano esgotaria todas as possibilidades de conhecimento ou se isso geraria um ciclo infinito. Acho que, tendo em vista a condição humana atual, ainda é extremamente difícil conceber esse tipo de extrapolação.

Twitter como ferramenta de segurança pública?

1 de out. de 2012
Antes da constituição de 1988, a segurança pública era de responsabilidade somente do Estado, quando então uma novidade surgiu:

Art. 144 – "A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida pela preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos..." (BRASIL, 2002:68)

O que, convenhamos, faz todo sentido, afinal, se nós não queremos viver em caos, creio que seja mesmo responsabilidade minha e tua não sair gerando caos por aí. Isso seria o mínimo. Mas e se não fizéssemos apenas o mínimo?

Eu não consigo acreditar que a nossa sociedade atual seja violenta apenas porque existem indivíduos violentos. Sempre achei que o mau elemento existe da mesma forma em qualquer posição no espaço-tempo. O que eu venho percebendo é que aqueles que não os são, costumam não fazer nada além de não os ser. Seguem sua vida passivamente fazendo sempre o mínimo. A ideia de que o próprio cidadão não simplesmente não saía fazendo crimes mas também possa agir mais ativamente em sua própria defesa colaborando contra o crime não é nova, porém, pouco praticada. Menos ainda quando se é tratado de cidades grandes.

As cidades grandes, apesar de populosas, são um mar de isolamento e é fato que geralmente a gente só se importa, ou se importa mais, com quem a gente conhece. Vigilância comunitária entre vizinhos funciona. Quem mora em lugares onde há mais contatos com vizinhos sabe que, se alguma violência ocorre em lugar próximo, os vizinhos costumam se reunir e fazer algo sobre isso. Na rua dos meus pais, os vizinhos chamam a polícia se virem alguém estranho pulando teu muro. A maioria das chamadas de emergência no Rio de Janeiro são solicitadas por vizinhos ou conhecidos da vítima. Na França, onde há um problema de antissocialidade grande, durante uma onda de calor em 2003 houveram mais de 11.000 mortos, principalmente idosos, muitos esquecidos em casa que faleceram porque ninguém notou algo estranho. O governo, então, foi obrigado a criar um feriado chamado fête des voisins (festa dos vizinhos) com a intenção que as pessoas se conheçam melhor para diminuir o número de descaso dentro da própria sociedade.

Então, voltando para cá, e você aí trancafiado no seu apartamento? A grande verdade é que, para uma quantidade rídicula de pessoas, ninguém se importa! Quantas pessoas das redondezas você realmente mantém contato? Muitos vão responder 0. Fofocas à parte, a questão é que a gente devia tomar conta da vida dos outros SIM.  Nós reclamamos da violência mas nos acostumamos com ela. Todo dia as pessoas são assaltadas, se matam na rua, mulheres grávidas não são respeitadas, tenta-se subornar um fiscal, não se presta socorro em acidentes, pessoas morrem por um celular eisso passa batido. A mídia nos injeta más notícias a cada segundo como se fossem as coisas mais naturais do mundo. Nós assim aceitamos como se não houvesse nada que pudéssemos fazer e no dia seguinte todos voltam a prestar atenção no BBB.

Eu creio que nós possamos fazer algo. Ok, imagino que bater na porta do seu vizinho agora com uma torta de maçã falando "oi" é algo muito fora da zona de conforto. Mas então qual a forma que nós mantemos contato com mais facilidade com outros seres humanos hoje em dia? A-ha! Internet! Mais especificamente, redes sociais, por que não? O twitter, principalmente, ao meu ver, poderia ser muito bem utilizado com esse propósito embora eu não consiga definir claramente exatamente como... O que vocês acham?

Sou egoísta mas você não é descartável

18 de set. de 2012
Não vou entrar em detalhes agora sobre a diferença de egoísmo e egocentrismo até porque estou com preguiça de pesquisar sobre isso. Para todos os fins, quando digo egoísta falo de pessoas que pensam demais em si e não se importam muito com outras pessoas. Presumo ter acertado.

Eu sou assim egoísta naturalmente. É...

Tenho uma enorme dificuldade de lembrar de coisas que não são importantes pra mim mas são muito importantes pros outros. Nem faço de sacanagem. Eu me preocupo e tudo, sinto mal quando piso na bola com alguém. Me policio mas ainda assim acontece bastante. Chega ao ponto deu ter que adicionar uma tarefa no google tasks dizendo "ligar pra mamãe" ou "perguntar não sei o quê pro fulano" pra me forçar a não esquecer. E mesmo assim ainda esqueço.

Não é que eu não ajude ou não ligue pras outras pessoas. Eu já doei mais de 1000 reais pra vítimas de terremoto e outros tantos brinquedos e mantimentos pra orfanatos e tal, já dei presente de mais de 700 reais pro meu pai, já me despenquei 1500km pra conhecer uma pessoa, já fiquei sem dormir direito por dias pra aproveitar um tempinho e dar um abraço em outra, já parei tudo o que eu estava fazendo pra tomar conta de um namorado que fez uma cirurgia. Mas passo longe de altruísta. Pede só um pedaço da minha cheesecake ou do meu brownie! Pede pra eu "consertar sua internet". Me conte algo pelo qual eu não tenha o menor interesse e veja se eu vou conseguir prestar atenção (mesmo que eu tente). No fundo, no fundo, quando faço algo por alguém é porque isso também me traz algum benefício, nem que seja me sentir bem. Quem convive com pessoas atenciosas e verdadeiramente altruístas sabe como isso é um defeito e dos grandes.

Apesar disso, às vezes eu gostaria que as pessoas fossem mais tolerantes com os meus defeitos; que fizessem alguma distinção entre fazer de sacanagem e falta de semancol; que tentassem me entender e tivessem a paciência de me lembrar as coisas, me dar um toque etc, ao invés de simplesmente se emputecer na primeira oportunidade que eu tenho de cometer um erro aos olhos dos outros.

Mas se há uma coisa que eu felizmente não tenho é essa falta de tolerância com a individualidade de cada um. Eu posso até manter a minha posição de não gostar de determinadas atitudes, mas no geral, eu tolero as coisas. Todo mundo tem defeitos e dos grandes. Todo mundo. Se eu não amasse as pessoas com eles, eu não amaria ninguém. Até porque várias coisas me irritam.

Claro que algumas pessoas exageram e são mais complicadas de lidar, tipo eu e minha mãe, enquanto outras pessoas não requerem tanta paciência. Mas todo mundo em algum momento vai causar esse tipo de demanda. De um jeito ou de outro, acho muito mais proveitoso explicar pra pessoa e tentar trabalhar junto com ela pra resolver ou apaziguar a questão do que se afastar. Talvez não seja fácil, mas ainda assim mais proveitoso. Hoje em dia, se o seu celular quebra, você compra outro. Pessoas não são, ou pelo menos não deviam ser, assim. Por mais que você possa arrumar um outro amigo, um(a) outro(a) namorado(a), as pessoas nunca são as mesmas e há pessoas que você não pode simplesmente arrumar outra da mesma categoria, tipo uma mãe. Pessoas não são descartáveis. Principalmente aquelas que você gosta / ama.


"Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração..."


SUCK MY DICK NEW YORK

17 de set. de 2012
Eu sei que costumo postar apenas qdo tenho um texto mais pensado qdo to bem ou algo vago e sem sentido quando to triste. Mas eu tenho alguns amigos MUITO FODAS. E alguns diálogos deveriam simplesmente ser registrados para a posteridade diante de tamanha geniosidade.

Eis que daqui pra frente resolvi que postarei algumas coisas mais aleatórias aqui simplesmente porque eu ri muito ou porque as pessoas que as disseram são simplesmente fodas. 

Hoje eu apresento-lhes meu amigo mais genialmente aleatório! Cujo nome não publicarei a não ser q ele me autorize: Meu melhor amigo gay, q eu descobri da pior forma (sondando se convidaria ele pra sair ou não), q posteriormente adotei como meu bebê e meu discípulo, meu primeiro e único amigo de trocar putarias no computador, meu consultor de moda, meu tutor de cálculo, que tem uma família mto legal e a mãe que faz a melhor carne assada do mundo depois do meu pai, que gosta mais de homem do que eu mas esquece que eu não sou gay e me trolou desfilando de cuequinha na minha frente com direito a "oopsies". Aquele q tem a geniosidade de me receber em casa depois de um dia cansativo (ha) de trabalho com um PIROCÓPTERO (não o dele, claro), me manda whatsapps do elefante soltando pum, me levou pro mal caminho dos inferninhos digitais (4chan e afins), me atualiza nas novas ondas do galerê pra eu ficar descolada mas me acompanha no homem aranha dos anos 60. Te amo! S2

  • NSFW
  • NSFW
  • NSFW
  • o pirocóptero
  • AHHAHAHAHHA


    CONSEGUI PROVA O CARALHO DA PORRA DA BOCETA DA DESIGUALDADE TRIANGULAR
    SUCK MY DICK, NEW YORK
    - disse spadre man

    q

A morte só existe pra quem está vivo

9 de set. de 2012
Sei que não sou a única no mundo a fazer isso. A gente nunca é o único no mundo a fazer algo. Mas fico imaginando o quão esquisito isso é. Até porque nunca falei pra ninguém e jamais vi alguém comentando algo semelhante comigo. Presumo que muito.

Eu tenho fantasias com a minha morte. 

Com frequência.

Pelo menos algumas vezes por semana, aleatoriamente, me imagino morrendo. Por exemplo: estou tranquila no ônibus quando de repente tenho uma visão bem realista do ônibus batendo, depois vejo que tudo está bem e continuo minha viagem como se nada estivesse acontecido. Às vezes levo um susto quando é vívido demais. Às vezes minha imaginação continua por vários minutos me vendo numa cama de hospital ou me despedindo de pessoas queridas até que vou voltando pra realidade aos poucos como se estivesse acordando de um sonho ruim.

Estou tão acostumada com isso na minha rotina que, até hoje, não tinha reparado como isso é bizarro. Fui me dar conta disso enquanto andava no jardim da casa dos meus pais após imaginar a cena de morte mais ridícula já inventada, digna de entrar nos top darwin awards. Ok, não a mais ridícula... acho difícil superar esse cara. Talvez mais ou menos no nível de um conhecido do meu pai que morreu engasgado com panetone (sim, isso é verídico). Depois da visão fiquei pensando: "Putz, não posso morrer assim. Imagina só meus amigos contando pros filhos que tiveram uma amiga que morreu quando um coco caiu na cabeça dela. Que coisa ridícula!"

Mas será que mortos pensam? Supondo que não haja existência após a morte, o caso está encerrado: se não há existência, não há preocupações, medos, vergonhas. Caso contrário, havendo existência, há consciência? Havendo consciência, uma consciência capaz de sentir tais emoções? E motivo? Por que um morto ligaria pro que pensam? Esse tipo de raciocínio sempre me faz chegar em uma teoria antiga minha... A morte só existe pra quem está vivo.


Um ano atrás

23 de ago. de 2012
Hoje eu ia escrever sobre outra coisa, mas então percebi que era 23 agosto e resolvi mudar de assunto. Nesse dia, exatamente um ano atrás, eu estava num avião a caminho da França. Tanta coisa aconteceu nesse dia. Tanta coisa aconteceu de lá pra cá. É rídiculo como tanta coisa muda em um ano. E também como algumas coisas continuam as mesmas.

Nesse dia aconteceu o abraço mais gostoso que já tive na vida, nesse dia eu estava cheia de incertezas, medo e ao mesmo tempo ansiedade, expectativas e alegria. Estava indo pra uma aventura de 2 meses sozinha em países que eu não conhecia com pouquíssimo preparo, guiada por ninguém, apenas pela minha curiosidade. Eu sabia que ia ter a melhor experiência da minha vida (so far) mas fui obrigada a deixar pra trás coisas que eu não queria deixar de jeito nenhum.  Bom, todo mundo já sabe o que aconteceu depois, não me arrependi de ter ido, apenas de como eu voltei.

E de lá pra cá tanta coisa aconteceu, tanta coisa mudou... Tanta merda surgiu, boa parte delas justamente ao mesmo tempo... Familiares doentes, falta de dinheiro, pressão psicológica, brigas na família e desestabilização total, fim de um relacionamento. Mas tanta coisa muito foda também aconteceu. A viagem em si, as aprovações nas faculdades, o estágio, a bolsa, as boas notas, as pessoas maravilhosas que conheci e principalmente todas as grandes mudanças que se passaram dentro de mim e uma certa coisa que permaneceu intacta.

Um grande ano.

Conselhos que as pessoas dão

20 de ago. de 2012
Um excelente conselho que me deram um dia foi: "Se conselho fosse bom, não se dava, se vendia". Sim, um bom conselho sobre conselhos dizendo que eles são ruins e isso gera um paradoxo, blá blá blá, dane-se porque é verdade.

As pessoas esquecem que determinadas afirmações não são regras universais, ou seja, não funcionam pra todos. Fora que não adianta dar conselho pra quem não quer seguir. Às vezes o que você acha uma boa ideia pra alguém é justamente aquela coisa que ela não quer fazer. Conselho não é pra você convencer alguém de que a sua ideia é boa pra outra pessoa além de você mesmo. Aliás, essa é a forma mais estúpida que eu já ouvi falar de se aplicar um conselho. Não que eu não goste de pedir a opinião de outras pessoas, eu gosto e talvez até mais do que o comum. Mas eu tendo a ignorar a maioria das coisas que as pessoas dizem. Essa é a hora em que você diz "então why the flying fuck...?".

Tem alguns amigos dos quais eu gosto de ouvir a opinião apenas porque sei que eles raciocinam de forma muito parecida comigo, então eu confio mais no que eles dizem. E tem aqueles outros que não necessariamente costumam concordar comigo, mas é sempre bom escutar porque vai que alguém diz um argumento no qual eu não tinha sequer pensado na possibilidade ainda? Acho que dar conselho serve pra isso. Pra te fazer refletir, apenas. No final é você quem tem que decidir. E nem sempre tem que fazer sentido!

No campo dos relacionamentos, especialmente, é muito normal as pessoas ficarem dando conselhos. Ainda mais que eu costumo falar abertamente sobre isso e algumas pessoas cismam que tem algo errado comigo. Não que não tenha ahuahuha, mas deixa quieto! ;o  Enfim, algumas das pessoas que me "dão uns toques" são pessoas que eu valorizo muito. Mas não é assim que a vida funciona. Umas das pérolas mais comuns que escuto são "não seja boba, não corra atrás, se faça de difícil", "aposto que tem vários outros homens aos seus pés pra você escolher, escolha", "esqueça isso". Vou dizer com uma imagem o que eu acho disso:



Só pra começar as coisas não se resolvem assim, mesmo querendo. Fico imaginando se as pessoas que dizem esse tipo de coisa já amaram alguém na vida de verdade ou foi simplesmente uma questão de comodismo / apego. Porque até onde eu sei, amor não se esquece assim não. Acredite, eu tentei. Exaustivamente. E falhar miseravelmente só confirmou o que eu pensava. A segunda coisa, sobre simplesmente escolher outra pessoa... Também não é assim. Existe um clique, e ele tem que acontecer. Eu posso procurar pessoas, mas não escolher. Não vou simplesmente escolher qualquer pessoa aleatória. A resposta mais clara pra isso é "não estou afim, porra". A última coisa, e a mais importante, é que nunca escutei nada que me soe tão ridículo como "se faça de difícil". E não é desculpa por não conseguir me controlar. Claro que auto-controle é uma coisa que influencia, mas não tenho tido problemas com isso ultimamente. A questão maior é que, eu não simplesmente não suporto, mas tenho completa ojeriza por manipulações e fingimentos. Não só não concordo com essas coisas como sou completamente incapaz  de realizá-las. Eu tenho uma espécie de TOC por dizer exatamente o que estou pensando. Sempre. Obviamente em algum momento da minha vida isso já me trouxe problemas, mas é preferível ser assim do que ser o oposto, não? Ou seja, a ideia de dizer pra uma pessoa da qual eu gosto que eu não gosto, agir e fingir como se isso correspondesse à realidade não somente me parece algo muito complicado como inconcebível do meu ponto de vista ético. No máximo, talvez, me controlar e não ficar comentando o que eu penso. Mas fazer o oposto? Impossível e, pode me chamar de babaca que eu não dou a mínima, totalmente ridículo.
 

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